terça-feira, 3 de março de 2009

"The Final Cut - A Última Memória"



Após o visionamento do filme “The Final Cut – A última Memória”, e da leitura dos textos propostos pela professora na disciplina de Comunicação digital, podemos concluir que os avanços tecnológicos estão a ter cada vez mais um grande impacto no quotidiano da sociedade de hoje.
Este filme tem lugar num futuro próximo onde as pessoas podem pagar para implantar nos seus bebés um chip de memória, chamados implantes “zoe”, desenvolvidos pela empresa “eye teck”. O enredo cai sobre o protagonista, Alan Hakman (Robin Williams), cuja função é cortar e editar as imagens num filme, chamado de "re-memória", e que é exibido depois da pessoa que possui o chip morrer. Alan tem acesso à vida privada das pessoas deixando gravado para o mundo, montagens de pessoas exemplares, e apagando sempre imagens comprometedoras ou que ponham em questão a imagem do falecido. No final do filme, Alan descobre que ele também possui um chip, e este acaba por ser assassinado porque no seu chip, há informação sobre a vida de todas as pessoas a quem ele montou a ‘re-memória’.
Os conceitos de privacidade e memória estão claramente explícitos no filme, que podem ser motivo de uma controvérsia ética. Ao longo do tempo, estes dois conceitos têm sofrido uma grande evolução, grandemente influenciada pelas invenções que se têm feito, principalmente devido aos media, que são o principal meio de divulgação de informação, muitas vezes sobre a vida privada de terceiros, que ficará na nossa memória. A internet é outro meio que pode acabar por alterar a nossa memória, ou a visão que temos do mundo e que condiciona a nossa privacidade, na medida em que por vezes divulgamos dados pessoais.
A problemática da exclusão social devido às tecnologias é também abordada no filme. Podemos constatar isso através de dois factos: 1) do facto do protagonista não saber que tinha um chip ‘zoe’ porque achava que os seus pais não tinham € para isso (e os pais morreram antes de poder informá-lo), o que revela que a tecnologia pode contribuir para a exclusão social dos mais desfavorecidos economicamente; 2) por outro lado, há durante todo o filme, grupos de pessoas que se manifestam contra os implantes ‘zoe’ pela falta de privacidade que estes podem constituir, e estes grupos são retratados no filme como grupos marginalizados e estigmatizados de forma a se manifestarem contra os referidos implantes.
As tecnologias são criadas para satisfazer as necessidades do ser humano. Apesar de ainda serem encaradas com alguma incredulidade, a verdade é que à medida que as novas tecnologias vão aparecendo e que se vão dando avanços tecnológicos, o ser humano acaba por aceitá-las com uma relativa facilidade, adaptando-se a cada uma delas de um modo oportuno, o que vai resultar numa transmutação nas nossas vivências sociais. Como exemplo bem claro desta afirmação, temos o aparecimento do telemóvel, um aparelho que hoje em dia, quase todas as pessoas possuem e é difícil imaginarmos as nossas vidas sem este aparelho que tanto modificou a comunicação entre as pessoas.
Outro exemplo é o da internet, que há 10 anos atrás era perfeitamente dispensável, e pouco se ouvia falar, mas hoje em dia é um elemento fundamental para a vida de muitas pessoas, tanto a nível pessoal como profissional.
A desigualdade social que é agravada pelos avanços tecnológicos, não é algo novo na sociedade, pois ao mesmo tempo k esta foi se adaptando às tecnologias, algumas pessoas também se adaptaram ao facto de não poderem usufruir destas.
Aqui fica o link do trailer deste filme: